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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Literatura, já 1

Este segmento tem um valor especial: nele são postados os textos de talentos não inteiramente conhecidos, os novíssimos, muitos dos quais nunca entrarão nos cânones, não por serem novos, mas porque o cânone está aí para manter-se fechado, inacessível e, portanto, sempre o mesmo. Sua própria definição - forma de composição, cujo tema, iniciado por uma voz, é rigorosa e continuamente imitado por outras vozes - rejeita mudanças.

O primeiro nome aqui apresentado é de uma antiga amiga, já conhecida na realidade virtual. Participo de seu site - Cenário de Sentimentos - como poeta convidada. Não é para devolver a gentileza, entretanto, que sua poesia está aqui, como seu texto comprova.

Tempo no Amor

Marise Ribeiro

De um amor único ando sempre à espera,
Que seja manifesto e não virtual,
Retrato de um querer com tom real,
Amor sem a feição de uma quimera.


Mas não aceito o tipo vendaval
Que ao cessar deixa n'alma uma cratera,
Nem o de intenso azul de primavera
Que se dissipa após afã carnal.

Neste mundo de afetos passageiros,
De corações cruéis e aventureiros,
Amor eterno?... Não há mais quem jure!

E se tempo no amor não é uma meta,
O importante, assim já diz o Poeta,
É "que seja infinito enquanto dure"!

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